Montagem com os cartazes da campanha da ENESSO "Nenhum passo atrás: contra a mercantilização da vida"
Muitas das grandes conquistas da sociedade se dão não só por conta das lutas da classe trabalhadora, mas também do movimento estudantil. Seria possível listar dezenas de mobilizações de estudantes que alteraram os rumos da história do Brasil e do mundo.
E, apesar das tentativas do capital de desmobilizar o movimento estudantil, ainda é possível encontrar neste, focos de resistência crítica. A Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESSO) tem provado isso com a campanha “Nenhum passo atrás na luta contra a mercantilização da vida”.
Deliberada em setembro de 2012 no último Planejamento Estratégico Nacional da Executiva, a campanha aponta uma série de eixos para suscitar debates e mobilizar estudantes para a luta contra a contra a mercantilização da vida. A defesa de uma Universidade popular, do projeto ético-político profissional, o combate às opressões, a luta contra a mercantilização da cultura, a crítica ao Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e o “não” à criminalização dos movimentos sociais, são algumas das bandeiras levantadas pela ENESSO, fundamentais para construção de uma nova sociedade, como afirma o estudante de Serviço Social e integrante da Coordenação Nacional da Executiva, Giovanny Simon.
“Esta iniciativa surge da urgente necessidade de a Executiva, como representante de estudantes de Serviço Social em todo o país, instrumentalizar a militância em cada região, não apenas para continuar fortalecendo o atual projeto ético-político da profissão, mas também para formar militantes que disputem a educação brasileira em todas as esferas, com o objetivo de construir uma Universidade que atenda as necessidades da população”, explica.
Uma campanha sem identidade gráfica pode não ter o alcance necessário. Por isso, a ENESSO investiu na comunicação visual, elaborando uma série de cartazes com conteúdo crítico que ilustram os eixos defendidos. As artes estimulam o público de interesse a aderirem e refletirem sobre o conteúdo da campanha.
“A construção de um projeto de Universidade alternativo ao projeto hegemônico e global do capital se faz tão necessária quanto urgente, justamente porque a formação profissional que estamos vivenciando, está sendo aprendida em uma Instituição que tem seu compromisso com a manutenção da ordem burguesa, e não com a classe trabalhadora, nem tampouco com a emancipação humana. O nosso dever, portanto, é o de utilizar o espaço da Universidade burguesa, como terreno para semear nossas lutas, porém sem jamais perder de vista que essas lutas devem ir para além dos muros desta Instituição”, completa Giovanny.
Para a presidente do CFESS, Sâmya Ramos, a iniciativa da Executiva é muito importante, porque está relacionada com a formação profissional de futuros assistentes sociais. “A articulação do Conjunto CFESS-CRESS com a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e com a ENESSO reafirma a importância da organização política da categoria na perspectiva da defesa do projeto profissional do Serviço Social brasileiro. Apoiamos a campanha da ENESSO, pois está em sintonia com os princípios ético-políticos defendidos pelo Conjunto CFESS-CRESS, bem como se articula com a nossa campanha de gestão na luta contra a violação de direitos neste mundo de desigualdade. Sem movimento não há liberdade. Por isto, nenhum passo atrás nas nossas lutas emancipatórias”, aponta.
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