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Terça, 19 de Junho de 2012.

CFESS reafirma apoio à greve das Universidades Federais
Conselho repudia descaso do governo em solucionar a questão

(Arte: ANDES-SN)

Mesmo após ter se comprometido em apresentar nesta semana uma proposta para a reestruturação da carreira dos professores federais, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MP), Sérgio Mendonça, entrou em contato, por telefone, com a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Marina Barbosa, na manhã desta segunda-feira (18) para cancelar a reunião agendada para a terça-feira, dia 19.

O secretário da SRT/MP argumentou que não houve condições de organizar uma reunião com toda a equipe do governo para que fossem discutidas as propostas e seus impactos financeiros para 2013. Ainda acrescentou que, em função da Rio+20, há dificuldade de reunir, nesta semana, os representantes de diferentes esferas do governo como, por exemplo, o Ministério da Fazenda.  Mendonça terminou dizendo que a reunião deve ocorrer na próxima semana, mas ainda não era possível indicar uma data.

O CFESS manifesta o repúdio diante do descaso do governo federal em negociar e se solidariza com a luta dos/as professores/as, por acreditar que a defesa da educação pública e de qualidade assume um valor estratégico na construção de uma sociedade justa, igualitária e emancipada. "A mobilização em defesa da educação como direito e de condições dignas de trabalho faz parte da agenda política do Conjunto CFESS-CRESS, na direção da construção de uma outra sociedade que atenda às necessidades humanas", afirma a presidente do CFESS, Sâmya Ramos.

É com este espírito de luta que o CFESS reconhece publicamente o movimento grevista como uma ação legítima, justa e necessária, pois se hoje ainda se conta com universidades públicas, isso se deve às lutas históricas de docentes, técnicos-administrativos e estudantes.

O ANDES-SN destaca, em nota divulgada em seu site, que "a realidade vivenciada pelos professores, técnicos e estudantes é muito diferente do que divulga a propaganda oficial do governo federal. A cada começo de ano fica mais evidente a precariedade de várias instituições federais de ensino, principalmente naquelas em que ocorreu a expansão via Reuni. Faltam salas de aula, laboratórios, restaurantes estudantis, bibliotecas, banheiros, saneamento básico e em alguns lugares até papel higiênico. Ninguém deveria ser submetido a trabalhar, a ensinar e aprender num ambiente assim".

 Além disso, ressalta o documento, "é necessário também oferecer um plano de carreira, que valorize os professores e técnicos e os incentivem a dedicar suas vidas a essas instituições, à construção do conhecimento, aos projetos de pesquisa e de extensão. Só assim, é possível oferecer educação com a qualidade que a população brasileira merece.No entanto, o governo federal vira as costas para os argumentos e propostas dos servidores públicos e usa seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa para não atender às reivindicações que são apresentadas pelos movimentos sociais em defesa da educação. Não faltam recursos, o que falta é vontade política dos governantes. A verdadeira crise brasileira não é a crise financeira, mas sim ausência de políticas públicas que atendam as necessidades da população".

Neste sentido, o CFESS conclama os/as assistentes sociais docentes a engrossarem as fileiras da luta e a apoiarem o movimento grevista que trava uma batalha pelos direitos da classe trabalhadora. "Reforçamos nosso apoio aos/às trabalhadores/as da educação, que estão na luta e resistência, e repudiamos o descaso do governo federal em negociar e atender às legítimas reivindicações deste segmento", conclui Sâmya Ramos.

O Comando Nacional de Greve realizou um ato hoje, pela manhã, em frente ao anexo C do Ministério do Planejamento, como protesto contra mais esse descumprimento de prazo por parte do governo. A presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa, afirmou que, apesar das medidas protelatórias do governo, a greve continua forte. "Eles acharam que iam quebrar nosso movimento, mas a cada dia mais docentes entram em greve, e agora ganhou o reforço dos companheiros da Fasubra e do Sinasefe", argumentou. "O nosso desafio agora é ampliar o movimento e arrancar uma proposta do governo", completou.

(com informações do ANDES-SN)

Leia a nota do ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE sobre a greve das instituições federais de ensino superior

Veja a nota do CFESS de apoio ao movimento grevista


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Diogo Adjuto - JP/DF 7823
Assessoria de Comunicação
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