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Terça, 12 de Julho de 2011.

MEC suspende ingresso de novos/as estudantes em cursos à distância no RS
Segundo reportagem, Ulbra estaria aprovando alunos/as sem correção de provas

Segundo ex-funcionário da Ulbra, alunos/as seriam aprovadas/as sem correção de provas (RBS TV)

Um dos objetivos da campanha "Educação não é fast-food: diga não para a graduação à distância em Serviço Social", lançada em maio de 2011 pelo Conjunto CFESS-CRESS, ABEPSS e ENESSO, com apoio do Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (ANDES-SN), é o de denunciar as diversas irregularidades dos cursos de graduação na modalidade EaD, verificadas pelos CRESS e registradas no documento "Sobre a incompatibilidade entre a graduação à distância e o Serviço Social". No hotsite da campanha, o internauta é provocado a "montar seu próprio curso", com "ingredientes" como "bibliotecas inexistentes", "tutor não-assistente social" e ainda "ausência de plano de estágio", problemas verificados pelos CRESS em sua pesquisa nas faculdades e polos de graduação EaD.

Agora, parece que uma nova opção de ingrediente deverá ser incluída na brincadeira provocativa do hotsite: a de "aprovação sem avaliação". Isso porque foi noticiado ontem, 11/7, em diversos portais e no Jornal Nacional (da Rede Globo de Televisão), que o Ministério da Educação (MEC) suspendeu o ingresso de novos alunos em cursos à distância da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), do Rio Grande do Sul, devido a denúncias de que alunos/as estariam sendo aprovados/as mesmo sem a correção de provas. De acordo com a reportagem, quase 200 polos de apoio a estudantes, em vários estados, serão descredenciados. A Polícia Federal está investigando o caso.

No último domingo, 10/7, a RBS TV (afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul) já havia divulgado matéria com depoimentos de um ex-funcionário que fez as denúncias. A reportagem da RBS TV obteve acesso a essas provas dissertativas não corrigidas de alunos/as já aprovados/as pela Ulbra e, segundo a matéria, foram identificados "erros grosseiros de escrita" nas avaliações.

Em nota oficial, a reitoria da Ulbra informou que instaurou processo administrativo para investigar o assunto veiculado pela reportagem e que irá colaborar com todos os meios necessários para esclarecer os fatos junto ao inquérito da Polícia Federal.

"Reportagens como essa só reafirmam a assertividade da campanha, que não só tem a tarefa de denunciar a precarização da formação, mas também de colocar em debate a política de educação do país, a nosso ver, mercantilizada e discriminatória, já que não garante o acesso ao ensino superior presencial, público e gratuito para todos os/as brasileiros/as, e para tornar público nosso posicionamento de defesa da democratização do ensino, mas com garantia de qualidade na formação", defendeu a presidente do CFESS, Sâmya Rodrigues Ramos.

Para a coordenadora nacional de Graduação da ABEPSS, Maria Helena Elpídio, a reportagem exemplificou uma das fragilidades encontradas na graduação à distância. "Com isso, fica claro a falta de avaliação e fiscalização por parte do órgão competente", criticou. Segundo ela, é fundamental que se continue denunciando as irregularidades. "Temos que procurar outras esferas além do MEC, como Ministério Público, os Conselhos Estaduais de Educação entre outras", concluiu.

Recado para o MEC
Desde junho, é possível, pelo hotsite da campanha "Educação não é fast-food", enviar um recado ao MEC exigindo uma educação pública, presencial e de qualidade. O link está na página inicial e é uma nova estratégia para chamar a atenção para as fragilidades do modelo de graduação à distância.


Hotsite da campanha agora cria canal direto com o MEC

Além disso, na semana passada, o CFESS divulgou o relatório do 1º Seminário de EaD da Área da Saúde, realizado em março de 2011 pelo Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde FCFAS), no qual foi defendido que "a área da saúde, pelas suas peculiaridades e características de integração com o ser humano, não se identifica com a modalidade de ensino à distância". O FCFAS representa os quatorze Conselhos da Área: Biomedicina, Biologia, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutricionistas, Psicologia, Odontologia, Serviço Social e Técnicos em Radiologia.

(com informações do jornal Zero Hora)


Veja a reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo

Assista também à matéria especial da RBS TV

Ainda não enviou seu recado ao MEC? Entre no hotsite da campanha e manifeste seu apoio à luta pela educação presencial, pública, gratuita, laica e de qualidade


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Rafael Werkema - JP/MG 11732
Assessor de Comunicação
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