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Terça, 23 de Maio de 2017.

Assistentes sociais no 'Ocupa Brasília' para barrar as contrarreformas!
Manifestação ocorre nesta quarta, na capital federal

Arte ilustrativa para convidar a categoria a participar do Ocupa BrasíliaArte: Rafael Werkema

 

O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) vem a público reforçar o chamado à categoria de assistentes sociais para participar da mobilização nacional Ocupa Brasília, que ocorrerá amanhã, dia 24/5, em Brasília (DF). 

 

A situação pela qual passa o país nesse momento, especialmente agravada pelo aprofundamento da crise capitalista e as mais recentes denúncias que envolvem o ilegítimo presidente Temer e seu governo, requer mobilização de toda a sociedade para barrar as contrarreformas neoliberais – em especial, a reforma da previdência e a reforma trabalhista. Vamos às ruas defender os princípios democráticos que indicam a participação popular na escolha dos seus/suas representantes. Por isso, ressaltamos: não podemos aceitar eleições indiretas no Brasil!

 

Os últimos protestos e a Greve Geral do dia 28/4 demonstraram a capacidade de mobilização da população brasileira. Mesmo com divergências e ainda necessitando de maior organização, os movimentos sociais e organizações de esquerda têm conseguido construir um enfrentamento unificado à agenda de retrocessos sociais, apresentada pelo grande capital por meio de Temer. 

 

A força das ruas se expressa, entre outros elementos, por meio dos baixos índices de aprovação e de popularidade do governo, além de amplificar a rejeição e o questionamento da população frente às propostas de mudanças na previdência social e legislação trabalhista, que retirarão direitos da classe trabalhadora.

 

Essa reação, por parte principalmente dos setores de trabalhadores organizados, tem provocado instabilidade e fissuras entre a burguesia nacional e internacional, que continua buscando meios e instrumentos para garantir que, mais uma vez, sejam impostos à classe os ônus do aumento de seus superlucros. Essa instabilidade foi que levou Temer, até então nome de consenso incumbido da tarefa de aprovar as medidas de ajuste fiscal e retirada de direitos, a ser agora sacrificado e substituído. Após as denúncias públicas de suposta compra de silêncio de Eduardo Cunha, entre outras, Temer e Aécio Neves, dois nomes do grande capital, não podem mais cumprir suas funções e seus mandatos se tornaram insustentáveis.

 

Entretanto, o grande capital, grupos nacionais e internacionais, por meio da grande mídia, já se reorganizam e apresentam saídas para mais este escândalo político/policial. Uma saída que venha a garantir a aprovação das referidas “contrarreformas” sociais.

 

Por isso, não basta a derrubada do governo de Temer. A classe trabalhadora, atenta a esse novo momento da cena política do Brasil, não deve aceitar que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ou qualquer outro/a representante do Congresso, em sua ampla maioria comprometido com denúncias de corrupção e de acordo com as propostas de restrição de direitos, assuma a Presidência do país. É preciso forjar, por meio das ruas e das lutas, novas representações!

 

A história nos mostra que, somente com a pressão das ruas, greves, grandes atos de rua e permanente mobilização de trabalhadores e trabalhadoras, podemos garantir avanços sociais e ampliação de direitos.

 

Por isso, o CFESS defende a manutenção do chamado à construção da greve geral e do Ocupa Brasília. Apenas dessa forma será possível impedir retrocessos e inverter a atual situação, no sentido de realizar verdadeiras transformações sociais.

 

Vamos à luta! A população brasileira tem o direito de escolher quem irá governar o país! Não deixaremos essa escolha nas mãos de um Congresso conservador, retrógrado e comprometido com a retirada de direitos da classe trabalhadora! Eleições Diretas já!

 

Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)

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